Contribuição da Tese de Doutorado do Acadêmico José Orlando Vieira Filho para a Engenharia Consultiva Nacional

A tese de doutorado do Acadêmico, Engenheiro e Professor José Orlando Vieira Filho contabiliza, até a data de 09/12/19, 27664 (vinte e sete mil seiscentos e sessenta e quatro) “downloads” na Biblioteca Digital da USP, sendo a campeã do “ranking” (mais que o dobro da 2ª colocada) das teses da Engenharia Civil, do diferenciado Programa de Pós-graduação entre as Universidades Brasileiras. Foi orientada pelo renomado pesquisador Professor Paulo Roberto do Lago Helene. O acervo dessa Biblioteca é indistintamente disponibilizado, “on line”, para o Brasil, França, Reino Unido e Espanha.

Sempre conjugando a docência com o exercício profissional da engenharia, José Orlando desenvolveu a sua pesquisa de cunho original nacional e internacionalmente, voltada para a aplicação na Engenharia da Construção Civil, especificamente para a “avaliação da resistência do concreto em uma estrutura”, por meio da “_extração de testemunhos de pequenas dimensões_”, trazendo um conhecimento novo para o meio técnico, em um campo que ainda se tinha dúvidas. Ele estudou os testemunhos tradicionais cilíndricos de 15x30cm, e de 10x20cm, inovando com os testemunhos de 7,5x15cm, 5x10cm e 2,5x5cm; conforme ilustração abaixo:

Levando em conta os resultados desta pesquisa, a ABNT NBR 7680-1, versão de fevereiro de 2015 (a qual cita a tese em apreço nas suas Referências e indica os referidos testemunhos no corpo do seu texto) quebrou um paradigma de mais de 30 anos, desde a sua criação, permitindo a utilização dos testemunhos de 7,5x15cm e de 5x10cm, citando ainda o de 2,5x5cm, embora não liberando o uso deste último. Segundo o Professor, a tendência é que na próxima revisão da norma seja liberado o uso deste último “minitestemunho” para os casos extremos de _peças delgadas e de alta densidade de armaduras_, considerando o uso, cada vez mais frequente, de concretos de elevadas resistências fabricados com “agregados de menores dimensões” e “pastas cada vez mais fortes”. Isso reduzirá a ocorrência de possíveis quebras e efeitos do “broqueamento” na extração dos mesmos, tornando esses “minitestemunhos” uma importante ferramenta para as _análises estruturais_ dessas peças esbeltas e
densamente armadas.

A utilização dos testemunhos de pequenas dimensões proporciona menores danos às estruturas, evitando ou minimizando o corte das armaduras das peças investigadas, permitindo, também, o aumento da amostragem e facilitando a obtenção do índice de esbeltez igual a 2, na avaliação de diminutas peças estruturais, eliminando mais um fator de correção nesta avaliação da resistência do concreto.

A grande procura pela tese deve-se principalmente aos casos:

* De _esclarecimento de dúvidas ou conflitos_ gerados pela não conformidade da resistência do concreto durante a execução da obra;
* Nos _projetos de ampliações e de novas utilizações_ de estruturas existentes;
* Nos projetos de _recuperação e reforço estrutural_;
* Nas _obras sinistradas_ e/ou com _comprometimento da segurança_ estrutural; e,
* Nos casos de _comportamento não esperado_ da estrutura em serviço.

A propósito da grande demanda por essas avaliações estruturais, a empresa de Consultoria JOVEngenharia realizou nos últimos 6 meses a extração de mais de 600 (seiscentos) testemunhos de concreto, em sua grande maioria do reduzido diâmetro de 50 mm, atendendo às solicitações de dezenas de empresas construtoras e de projetos e análises estruturais que atuam no Estado de Pernambuco.

  • José Orlando Vieira Filho é Engenheiro Civil e Prof. Adjunto da UPE, Prof.Adjunto Apos. da UFPE e UNICAP, Doutor em Engª Civil e Urbana pela EPUSP e Diretor da JOVEngenharia-Consultoria em Engenharia Civil.

Fonte: https://apeeng.com.br/2019/12/06/contribuicao-da-tese-de-doutorado-do-academico-jose-orlando-vieira-filho-para-a-engenharia-consultiva-nacional/

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